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segunda-feira, 7 de maio de 2018

O (não) sentido da Arte-soberana

Olá pessoas e seus amigos imaginários!

Esperam que estejam todos bem. 

Eu estou aqui, sobrevivendo a toneladas de trabalho que sempre desmontam em mim. Eu vivo, academicamente falando, em uma situação de risco. A toda hora cargas incomensuráveis de trabalho podem deslizar e me soterrar. Sorte que até o momento eu fui resiliente.






Hoje quero compartilhar umas ideias de arte que sempre acabam esbarrando em mim e que acabam aflorando em alguns papos que tenho por aí.

Muita gente procura achar sentido na Arte. E muita gente não acha, não se identifica e não se comove com o que lhe é  apresentado.



E eu preciso dizer: Está tudo bem. 




As vezes você só não achou o tipo de arte que mexe com você. E se esse for o caso, não se preocupe. A Arte é muito plural. Ela é tão variada quanto o pensamento humano. Ela pode surgir de qualquer lado e pode assumir inúmeras roupagens. Muitas  que a gente nem ainda conheceu pq elas nem foram inventadas!! Então, respira e esteja aberto a novas possibilidades.

Outra questão: Nem sempre a Arte precisa ter significado para outra pessoa além do próprio artista. Pode ser uma manifestação só dele. Uma expressão de seu pensamento, do seu sentimento, ideia ou conceito. 






A Arte também não precisa necessariamente induzir nada ou fazer algum sentindo. Ela pode ter uma função meramente estética ou de entretenimento. E isso não a esvazia. É só mais uma abordagem que ela pode assumir. E tá tudo bem.




Me entendeu? Tá tudo bem. Você não é menos culto ou mais culto do que ninguém. E você também não é um alienígena.  (E se for também, tá ótimo! Adoro alienígenas ^^).






E sabe pq está tudo bem? Pq a Arte é livre. Apesar de muita gente tentar rotulá-la e escravizá-la a conceitos caducos. Mas aí,  vc terá de perdoar (tente) o gênero humano. O Homo sapiens é sabidamente um neurótico compulsivo em termos de classificar, catalogar, procurar padrões de uma forma rigorosa e aplicar métodos, fazer análises produzir artigos, livros, teoremas, tratados sobre TODOS os assuntos...  Mas apesar de toda essa verborragia, isso não quer dizer que ele esteja certo. Essa profusão de materiais só é uma forma dos seres humanos lidarem com o mundo. São uns controladores, esses humanos.





E ainda há outra coisa que merece ser posta na mesa: 

A gente sempre procura a Arte em lugares comuns. Museus, telas, partituras, palcos ... Mas eu já disse: A arte é plural. Ela também pode ser pragmática e estar em todos os lugares, nas pequenas e grandes coisas. Para enxergá-la precisamos desenvolver um Olhar para a Arte. 


Qual a diferença entre a Arte de um Matisse para o design de uma caneta, a arquitetura de um prédio, a skin de um avatar de video game ou o padrão de estampa de azulejos hidráulicos portugueses daqueles que  estão em prédios públicos super antigos? 

A gente pode tentar valorar a Arte, mas a verdade é que isso é muito complicado. Pq ela varia, ela é libertária, ela é múltipla e ela é incontrolável.





Boa parte da falta das pessoas conseguirem enxergar a Arte é a falta de um treino desse "olhar para a Arte". Não somos educados para a Arte. E não estou falando de pintura a dedo, origami, colagem e letra bastão. Boa parte disso não é Arte. É terapia ocupacional. Estudar a Arte mesmo, é uma raridade no Brasil. E isso é de uma crueldade muito grande. Estudar Arte nesse país junto da educação básica, acaba sendo um bônus, uma raridade, um privilégio quando ela deveria ser um direito. IRREVOGÁVEL. E não é a toa que em termos de políticas públicas, os incentivos as Artes e a Cultura são os primeiros a serem cortados. 

Imagine quantas vidas e almas (no sentindo de vida interior mesmo) poderiam ser impactadas, transformadas e libertadas?

Socialmente, isso poderia representar um perigo real, não é? 

Mas para suplantar isso tudo eu digo: Observe. Observe tudo o que você vê e busque a Arte em lugares inusitados, em aspectos nunca antes percebidos. Treine o olhar e quem sabe ... Você possa descobrir coisas interessantes e ter uma nova perspectiva sobre o que é ser Arte, o seu valor, a sua dinâmica, a sua verdade, o seu significado e, quem sabe até, o seu sentido. 




Não esqueça, Arte não se confina a conceitos, nem a linhas acadêmicas ou críticas respeitadas. A Arte é soberana. 




E quem decide sobre ela... É ela mesma. Sendo eterna ou fugaz. Sendo clássica ou subversiva. Sendo única ou enlatada.

Fiquem todos bem! 

Cya

Thaís Parméra - Futura Imperatriz de  TODO universo conhecido

5 comentários:

Linda essa fonte, rosa então... Topissima. Gostei da frivolidade do texto, bem parecido com você falando. Eu li real rápido, até para dar mais veracidade à minha imaginação Bjo e brilhe mais e mais

Djamies!! Muito obrigada! É mt fácil brilhar com amigos como vc. bjs!

Thaisinha! Mais um ensaio maravilhoso no seu blog. Cada vez mais eu me convenço de que essa é a mídia para a qual você produz material que mais me agrada! Posso ser folgado e fazer uma sugestão? Adoraria que essa postagem virasse uma mini série na qual você falasse de expressões artísticas que fogem ao hegemônico e ao clássico. Falar de arte de rua, cinema autoral, expressões populares, poesia de protesto, pichações reflexivas, esse tipo de coisa. O tema, junto à sua "voz" literária, ia dar umas ótimas coisas.

Beijos

Queridíssimo Bruno! Essa é uma ideia maravilhosa. Adoraria realizá-la! Muito obrigada pela dica e pelo incentivo! =D

Olha parabéns, melhor definição que li.

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