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Na Crista da Onda

Tudo o que você queria saber ... ou não ...

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Tudo o que você queria saber ... ou não ...

Na Crista da Onda

Tudo o que você queria saber ... ou não ...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Louise - A Contadora de Histórias Revolucionária!

Hey, ho ... Let´s go!


A piada que nunca morre!


Olá senhoras, senhores, jovens e amigos imaginários de todas as idades!

Estamos aqui começando as postagens de 2015 * com um ligeiro delay causado pela vida acadêmica* 

Notei que eu tenho uma lista mental de autores que me inspiraram a ser uma leitora mais ávida, a ser uma escritora e que fazem parte da minha vida e resolvi compartilhar um pouco com vocês * Vai que alguma coisa do que eu digo entra dentro dessas cabecinhas*

Eu comecei a ler muito cedo e como uma linda jovenzinha em pleno desenvolvimento intelectual, eu passei por muitas fases. 


Quando eu tinha entre 10 e 12 anos eu fiquei obcecada por romances históricos (especialmente que abordavam a Europa do séc. XIV) e literatura infanto-juvenil 
americana e britânica do século XIX.  * Vai entender*. 

Uma das minhas escritoras favoritas sem dúvida foi Louise May Alcolt *Diva!*


Louise novinha. Um pitel!


Essa garota foi uma das escritoras que mais impactaram a literatura mundial. Ela conseguiu realizar sonho tão aclamado nos enlatados:  Escrever uma  "American Novel". 


The Great American Novel

Não satisfeita, conseguiu ser reconhecida como escritora em vida!! 

Ela viveu no século XIX, nos Estados Unidos e teve uma sorte danada de ter pais muito bem esclarecidos e que a criaram emmeio a intelectuais. 

Ler livros não era proibido na sua casa. E os pais da Louise ainda alimentaram o difícil sonho de viver de escrever em uma garota do século XIX!!  

Os pais fizeram muito bem, porque chegou o tempo das vacas magras e quem acabou sustentando a família escrevendo foi a própria Louise lá pros anos de 1860. 


Pais videntes. Só pode ser!



Vaca Magra. Foto Meramente ilustrativa.


O pai de Louise era um típico revolucionário idealista sem dinheiro algum que resolveu aplicar todas as suas teorias educacionais e sociais nos seus filhos!* quem nunca usou os filhos de cobaia que atire a primeira pedra!*. A riqueza da educação de Louise não acompanhou as dívidas...

Louise começou a trabalhar * e que pensamento independente esse, para uma garota do século XIX que deveria ficar em casa, desenvolvendo
habilidades para se casar, ser boa esposa e mãe de família* fazendo roupas de bonecas!Depois  ela tentou ser costureira de verdade. 


Que futuro ilustre, não? 


Mas a ideia de uma vida pacata de boa esposa * e não, isso não tem nada haver com a série The Good Wife* a horrorizava demais. 


Alicia divaaaaaaaaaaaaaaaa!!!

Então, como nada disso deu certo e como ela tinha apoio da família foi lá ser uma das melhores contadoras de histórias que já se ouviu falar por aí. Ela escreveu o seu primeiro livro aos 16 anos.

Tudo bem, ela começou a publicar no meio da Guerra Civil Americana, quando o ânimo das pessoas se voltava mais para a carnificina politizada que dividiu a América entre Norte e Sul do que para Arte ... 


Norte e Sul. 



Now ... Figth!!! 

Inclusive, ela bem que tentou ajudar no esforço de guerra como enfermeira, mas ela se lascou pegando tifo e foi obrigada a voltar para casa e ... ficar escrevendo * para a felicidade geral de seus leitores apaixonados!* . 




Muito melhor ter ficado escrevendo ... Muito melhor!!


Ela tinha quatro irmãs, e a sua situação familiar toda acabou servindo de base para o seu romance mais famoso *e lindo* : Mulherzinhas.


S

Mulherzinhas *Little Women* conta a história de quatro irmãs em uma típica família progressista de classe média durante a Guerra de Secessão Americana.

As irmãs Meg, Jo, Beth e Amy são totalmente diferentes entre si mas se completam em um amor e companheirismo sem precedentes.

Quando eu era pequena eu sonhava em ser da família March. E me identificava muito com a Jo, que amava livros, que sonhava em ser escritora, não se encaixava nos padrões femininos da época * gostava de usar coturnos, assobiar em público e detestava ter o cabelo comprido, arrumado, encaixado em um coque piegas* e que definitivamente odiava mudanças.  


Eu imagino a Jo assim. Uma diva estilo Tom Boy século XIX


A boa da verdade é que Louise escreveu Mulherzinhas de muita má vontade. Tudo bem que ela começou escrevendo livros de contos de fadas quando era jovenzinha, mas na época em que ela escreveu Mulherzinhas, ela estava acostumada a escrever livros sobre as experiências da Guerra Civil, estava focada na luta abolicionista e feminista. 

Porque raios ela iria escrever um livro para jovens garotas? 

Mulherzinhas foi um pedido de sua editora. Imagino que tenha sido algo assim : 


Editor


"- Louise, querida, que tal você escrever algo mais leve, agora? Escreva algo para garotas!A guerra já acabou."

Louise, e dessa vez não foi imaginação minha, ela realmente respondeu isso :

"Não gosto de moças, prefiro rapazes."


Louise boladona e enfática. 


Mas ela acabou escrevendo Mulherzinhas porque a pilha de contas começou a aumentar e bem ... uma escritora tem de comer.


"Escritor faminto: Escreverá por doces. Qualquer outra doação é benvinda"


Ela coçou o cérebro e fez o que todo o manual de escritores fala para se fazer: 

Escreva sobre o que você conhece! 

Bem, ela tinha quatro irmãs, criadas numa atmosfera intelectual atípica para a época e que passava dificuldades financeiras ... 


A família March, em certa medida, era a própria família Alcolt. E acho que foi essa sinceridade que ela conseguiu passar para o papel e que conseguiu lançá-la para o mundo. 

A verdade é que as páginas são cheias de irmandade, de afinidade e de amor. Com certeza, quando você lê Mulherzinhas, você tem vontade de fazer parte da família March.

Ela lançou o livro em 1869 e escreveu : 

"Todos os débitos estão saldados, graças a Deus. Agora acho que agora posso morrer em paz."


ALELUIA!! Um escritor com as contas pagas!


Que morrer o que! Ela escreveu vários outros sucessos * que eu morreria para ler* sobre a temática que envolviam jovens que não se adaptavam muito bem  a realidade do século XIX e outros retratos da sociedade americana: 

An old-fashioned girl (1870); a série Aunt´s Jo scrap bag (1872-1882); Little Men  (1871) e Jo´s boy (1866).

Eu consegui em um sebo há alguns anos esse Jo´s boys, traduzido como "A Rapaziada de Jo"

É muito bom, porque mostra os descendentes das Irmãs March.Uma nova garotada March naquele estilo cativante de Mulherzinhas! 

Esse livro é revolucionário * de novo* do século XIX porque nele tem uma personagem adolescente feminina sensacional que não tem o pensamento da tríade-padrão: casamento- esposa-filhos. É uma jovenzinha que sonha em ser cientista e médica e que, na realidade, se casa com o seu emprego e é feliz da vida. 


"A coisa mais esperta que uma mulher pode aprender é nunca precisar de um homem."


E o mais importante : ninguém da família March reclama desses sonhos e conquistas. O livro é bom porque ele mostra os jovens no desenvolvimento de suas personalidades.

Louise ainda escreveu muitos outros livros que tiveram uma pegada mais séria, como ela mesma costumava dizer. Que abordavam assuntos sóbrios e de muita profundidade * e que, pelo visto,nunca serão traduzidos para o português.Dammit!! * .

Louise foi durante a sua vida, uma pioneira. Era, em meados do século XIX, uma abolicionista e feminista declarada. Ela fez de tudo: abrigou escravos fugidos e lutou pelo sufrágio feminino. 



Sufragistas botando o bloco na rua!

Sufragistas arrasando na luta!


Eu só li dois livros da Louise. Infelizmente.

Ela escreveu muitos, mas a maioria deles não foi traduzida para o português e é muito difícil achar algum livro dela.

Dos que eu já li, Mulherzinhas é meu favorito. Eu já o li várias e várias vezes na minha vida, e sei que lerei tantas outras mais.

É um livro lindo, uma obra de arte mesmo, que cativa o coração da gente. Quando eu o ganhei oficialmente * sim, porque ele ERA da C4* eu o abri com muito carinho e ele se tornou um dos meus melhore amigos. Uma linda edição em capa dura do Círculo do Livro de 1974 com a cena da Amy patinando. #MuitoAmor

É como a própria Louise diz: 

"Bons livros são como bons amigos: são poucos e estão todos escolhidos."


Livros, meus melhores amigos!


Louise morreu em 1888 * ano da libertação dos escravos no Brasil!* e foi enterrada na Colina dos Autores do Cemitério de Concord ao lado dos seus amigos de infância.

*Não é lindo? Existir um cemitério para autores? *


Cemitério de Concord!


Little Women virou filme, virou peça ... virou tudo! 

Mas o meu favorito foi uma versão para o cinema de 1994 traduzido como :"Adoráveis Mulheres".


Família March lendo a carta do pai que estava no front! Jo, Meg, Amy, Beth e a sra March! S2 


Ele vai um pouco mais além de Mulherzinhas, deve englobar as continuações do livro, não sei. O filme é maravilhoso em todos os sentidos. 

Vale a pena ver e é com alguns atores muito bons : 

Winona Ryder * antes de ser cleptomaníaca* , Kirsten Dunst  *antes de ser a Mary Jane do Spiderman e dar aquele emblemático beijo na chuva de cabeça para baixo que marcou a primeira década do séc. XXI*,Christian Bale * antes de ser o Batman*, Claire Danes * antes de ser Carrie de Homeland* e a poderosa-diva-super-master-power-atriz Susan Sarandon *que sempre foi tudo de bom!*

Vale MUITO a pena ver. O filme ganhou 3 indicações para o Oscar, inclusive para melhor atriz para  Winona Ryder.


Meg, Jo, Amy e Beth! =D 


Mas antes de verem o filme... Leiam o livro!!O livro tem mil edições mas dá para consegui-lo a preços bem módicos naquelas edições de clássicos da literatura. 

Ele vai inundar os seus corações e será inesquecível.


Aguardem mais postagens!

Até!

Thaís Parméra - Cyberstar


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