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Na Crista da Onda

Tudo o que você queria saber ... ou não ...

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Tudo o que você queria saber ... ou não ...

sexta-feira, 19 de abril de 2019

Eleanor H. Porter e o Jogo do Contente: O olhar que mudou o mundo para sempre!

Olá pessoas e seus amigos imaginários!

Tudo bem com vocês?

Preparem-se: Estou retomando um projeto meu que é falar dos meus autores favoritos.





Dessa vez eu trago pra vocês ninguém menos do que Eleanor H. Poter *Não. Não é aparentada do Harry Potter*. 




Ela foi uma autora muito importante na minha vida. Principalmente quando eu tinha 10-11 anos e estava na fase de amar autores norte-americanos do final do século XIX-XX. Você com certeza já ouviu falar de uma das obras mais famosas dela: Pollyana e Pollyana Moça. 

É um clássico dos clássicos  da literatura juvenil mundial que é reeditado ininterruptamente há mais de 100 anos.

Mas quem foi essa distinta mulher-escritora-revolucionária?




O nome inteiro dela era Eleanor Hodgman Poter *Mas o nome de solteira original era Eleanor Emily Hodgman e ela teve um pseudônimo chamado Eleanor Stewart*.

Ela era natural de uma cidadezinha nas montanhas (White Mountais) chamada Littleton em New Hampshire *Ali entre Vermont e o Maine, pertinho do Canadá* e nasceu em 1868, OU SEJA, no meio do séc. XIX onde as mulheres não eram vistas como capazes de terem uma carreira, inclusive na escrita.




Eleanor era filha única e começou na Arte ainda criança. Seus pais (um farmacêutico e uma dona de casa que passou a maior parte da sua vida inválida) notaram que ela era musical e ela, além de ter música na escola pública, começou a ter uma criação musical com tutores e treinou boa parte da sua vida para ser uma cantora. 




Ela teve de interromper os seus estudos do que hoje chamamos de "ensino médio" por ter uma saúde muito frágil. Mas depois ela recuperou a saúde ela voltou a estudar com tutores particulares e conseguiu entrar para o "New England Conservatory of Music" em Boston e conseguiu fama e uma carreira de destaque se apresentando em concertos durante boa parte da sua vida. Ela amava um palco, senhoras e senhores.




Mas como assim ela se tornou escritora? Bem, ela escrevia poemas desde criança. Mas ela só foi se aventurar na nobre carreira de escritora no final do séc. XIX e início do XX, depois que ela casou com John Lyman Porter (um empresário de Boston) em 1892 (ela então tinha 23 anos). 





Ele alcançou a presidência de uma empresa ("National Separator and Machine Company"). Isso fez  com que o casal se mudasse bastante durante uma década ao longo dos leste dos EUA (Springfield, Vermont; Chattanooga, Tennessee; e New York) até que eles se estabelecessem em Cambridge, Massachusets onde eles ficaram cuidando da mãe de Eleanor.

Na literatura, tudo começou com pequenas histórias de ficção que foram impressas em jornais e revistas literárias como a "Woman´s Home Companion" e a "Harper´s Weekly" *essa
prática de publicar em jornais e revistas literárias eraalgo muito comum até meados dos séc. XX*.





Muitos grandes escritores começaram assim e também nos chamados folhetins *Era uma forma de ser conhecido como autor e fazer com que as suas histórias fossem lidas por um grande número de gente*. Há registros que ela escreveu aproximadamente 200 contos, muitos com o pseudônimo de Eleanor Stewart. Alguns desse contos acabaram depois virando 6 coletâneas de escritos.




Depois de enveredar nas histórias curtas, ela começou a apostar nos romances *as chamadas "american novels". Ela começou em 1907("Cross Currents") e não parou mais até o ano da sua morte (1920). 




O seu primeiro grande sucesso foi em 1911 com "Miss Billy" (1911). Ela se tornou altamente produtiva, escrevendo até mais de um romance por ano. Ela se tornou bem popular. Escreveu romances adultos e juvenis que arrebataram o coração da sociedade americana da sua geração *atente para o fato de que ser uma escritora mulher de romances ser reconhecida pela sociedade era algo MT raro e MT disruptivo*.

Apesar de ter passado a apostar em romances, ela nunca abandonou os contos!!

Romances:

Cross Currents (1907)
The Turn of the Tide (1908)
The Story of Marco (1911)
Miss Billy (1911)
Miss Billy's Decision (1912)
Pollyanna (1913)
The Sunbridge Girls at Six Star Ranch (1913)
Miss Billy Married (1914)
Pollyanna Grows Up (1915)
Just David (1916)
The Road to Understanding (1917)
Oh, Money! Money! (1918)
The Tangled Threads (1919)
Dawn (1919)
Mary Marie (1920)
Love and Kate (histórias, 1925) - Publicação póstuma

Mas sem dúvida o romance que a fez explodir foi Pollyana (1913) que foi seguido de uma continuação igualmente magnífica que é Pollyana Moça (1915). Apesar de ter alcançado um sucesso tremendo com esses dois romances, ela também teve outros livros adultos que foram best-sellers nos anos seguintes como Just David (1916); The Road to Understanding (1917) e Oh Money!Money!(1918).





O que fez de Pollyana ser um sucesso tão grande?

Ele foi escrito com o coração e com uma sensibilidade absurda que consegue falar a alma de diferentes gerações há mais de um século!




A história de Pollyana, a orfã otimista que muda a vida de todos ao seu redor com a sua inocência e honestidade é sempre uma inspiração para todos que leem o livro e é capaz de nos proporcionar uma perspectiva nova e impactante diante da realidade que nos cerca.

Exatamente por isso, por conseguir conectar diferentes públicos, o romance se tornou um sucesso popular e de crítica nos EUA e acabou conquistando o mundo ao longo do último século. 

O impacto foi tão grande na sociedade americana e ocidental que até hoje, passado mais de cem anos, dizer "Pollyana" no sentido de nomear uma atitude positiva ou de mencionar o "Jogo do Contente" resgata em todos nós um sentido, um valor, um significado de otimismo mesmo para quem nunca leu o livro! 

TODO MUNDO já ouviu falar o nome Pollyana alguma vez na vida. E meus caros, se isso é um sinal de sucesso como escritor eu não sei mais o que é. 

Eleanor conseguiu se embrenhar no inconsciente coletivo da sociedade após tantos anos e alcançou a eternidade na literatura que é buscada e almejada por qualquer escritor que já existiu na face da Terra: Integrar-se de forma irreversível a cultura popular mundial. Poucos escritores conseguem isso quanto mais para uma MULHER ESCRITORA do início do século XX.




Na época da sua publicação, foram criados "Pollyana´s Clubs" por todos os Estados Unidos. Não a toa o enredo acabou virando peça teatral (primeira vez em 1916), inclusive da Broadway. 






O livro também foi adaptado para virar roteiro de diversos filmes. O mais famoso foi feito magistralmente pela Disney na década de 60 e que acabou ganhando um Oscar especial para a atriz do papel principal (Hayley Mills).





Não satisfeita, Eleanor ainda escreveu uma bem sucedida continuação chamada "Pollyana Moça" (Pollyana Grows Up). Muito bem escrito e muito coerente no desenvolvimento do personagem principal. Também foi e é um grande sucesso da literatura mundial sendo reeditado há mais de um século juntamente com o título original.

Porter sempre trabalha com personagens que procuram fazer do mundo um lugar melhor e acabaram refletindo aspectos da sua infância em New Hampshire, sua doença na juventude e seu amor pela música.

O obituário da sua morte mostra que até o fim ela planejava continuar escrevendo e inclusive estava planejando uma viagem com o marido para fazer uma pesquisa de campo para futuros trabalhos. Ela faleceu precocemente em função de uma tuberculose e em plena maturidade literária em 1920 em Cambridge, Massachusetts com 52 anos.

Mas todos os fãs que leram os seus livros sabem que ela se tornou eterna e conseguiu em vida se tornar uma das mulheres mais memoráveis da história conquistando uma distinção internacional como uma das mais importantes escritoras mulheres do século XX.
Ela conquistou seu espaço entre uma sociedade muito machista que não necessariamente aceitava escritoras mulheres a não ser que elas "só pudessem escrever para mulheres". 

Havia um gênero literário especificamente
feminino que era considerado pela crítica uma sub-literatura porque mulheres eram "seres frágeis" e muitas vezes "incapazes" de ler outro tipo de literatura.





Outro destaque da vida de Eleanor é que em uma época onde as mulheres só tinham a opção de serem boas esposas e donas de casa, ela conseguiu seguir com os seus interesses e conseguiu ter uma carreira própria na Arte primeiramente na música e depois na literatura.

Ela conseguiu reconhecimento nacional com o prêmio de "Notable Woman of New Hampshire" em 1990 pela "National Organization of Women".
Mas em vida ela integrou sociedades literárias *que normalmente eram dominadas por homens* como "Boston Author´s Club" e a "Author´s League of America". 





Apesar de ser uma das escritoras mais importantes do século XX, as informações sobre Eleanor são muito escassas, mesmo na Internet. Apesar disso, ela continua ser uma mulher memorável, empoderada e magnífica! Ela era uma das escritoras favoritas da Thaís de 10 anos e continua a ser até hoje.




Acho que todo mundo deveria ler Pollyana! É uma pena que os outros livros que a Eleanor escreveu não foram traduzidos para o português. Eu adoraria lê-los! =]

Espero que tenham gostado e que vocês se sintam inspirados a ler os dois livros de Pollyana e terem as suas almas tocadas e transformadas. 




Eu encaro esses livros como dois bons e eternos amigos e eu sei que eu os lerei várias vezes ao longo da minha vida. E pensar que há mais de 100 anos esse livro continua a tocar e a transformar a percepção de tantas gerações é algo tremendamente magnífico e mágico!

Tomara que um dia eu também consiga a mesma coisa como escritora. Seria um sonho!




Cya!!

Thaís Parméra - @ciberstar




domingo, 31 de março de 2019

Aos deslocados desse mundo: Juntem-se ao clube! #TamoJunto

Olá pessoas e seus amigos imaginários!

Tudo bem com vcs?




Algum dia vocês já se sentiram deslocados em relação ao mundo que te rodeia?




Se isso já aconteceu com vc, bem-vindo ao clube!

Deixa eu te contar um segredo-que-não-é-um-segredo

A diversidade não é bem vista pelo mundo mainstream que nos rodeia. Na maior parte das vezes ela integra discursos institucionais com fins publicitários e faz a gente acreditar que o mundo é um lugar que abraça as diferenças. 




Mas na realidade, ser diferente (qualquer tipo de diferença: raça, etnia, gênero, opção sexual, posicionamento político etc), é algo muito difícil de enfrentar em uma base diária e cotidiana. 




As coisas não são sempre legais, a gente encontra muita maldade, preconceito e as vezes *ou muitas das vezes* nossa vontade de viver pode ser obliterada pela pressão da massa homogênea e esquisita que nos cerca.




A nossa individualidade é uma das coisas mais importantes que pode existir. Ela faz parte da nossa essência, da nossa personalidade. É o que nos faz únicos no universo.




Pessoas tendem a seguir padrões. Isso não é de todo ruim. Faz parte do comportamento básico da nossa espécie e que não deixa de ser um dos fatores que nos dá unidade como sociedade.


Mas e quando a gente não segue exatamente esses padrões? O que acontece?




Bem, quando você não segue um padrão (comportamento, estilo, pensamento etc), você imediatamente destoa. Isso pode vir  acompanhado com uma grande quantidade de efeitos sociais. Mas o principal *e mais chato* é o preconceito. Pessoas tendem a rejeitar o diferente ou o que elas não conhecem. E não satisfeitas, podem ser bem maldosas *NUNCA subestime a maldade humana*




Os efeitos da maldade podem ser devastadores em alguém. Tristeza, ansiedade, depressão, angústia ... Afinal de contas, ninguém merece ser hostilizado só por ser quem se é.




As vezes a gente nem precisa fazer coisas muito diferentes. Basta a gente se vestir, pensar, ter gostos diferentes, ousar fazer algo que a maior parte das pessoas não faz, para  gerar um estranhamento e sofrer as consequências de existir.




Mas como se faz para superar essa maldade?

Queridas pessoas e seus amigos imaginários, eu queria dizer que para suplantar isso haveria algo muito simples a ser feito.




Mas nada é simples nessa vida *LIFE IS A BITCH*.

A principal coisa a se fazer é #Resistir e continuar fiel a si mesmo. 

Eu sei, na realidade, a vontade é simplesmente sentar no chão, chorar em posição fetal e nunca mais encarar um outro ser humano na vida.







Mas a gente sabe que ignorar a injustiça simplesmente não é uma opção. Ainda mais quando a injustiça é realizada contra você mesmo. 




E não adianta você tentar ser algo diferente de si mesmo. Isso se sustenta por muito pouco tempo e em breve você vai gerar conflitos internos que vão crescer até explodir na sua cara de uma forma ou de outra.

Então resista e denuncie a plenos pulmões a injustiça.

Vale a pena lutar por si mesmo. 

Vale a pena ser verdadeiro. 

Pessoas são diferentes, mas a maior parte delas não se dá conta disso ou não se permite ser diferente. Pode ser divertido se enturmar, pode ser importante ... mas isso não pode suplantar a sua individualidade.





Resista a multidão e a homogeneidade chata. Confronte o comum e exista. É preciso muita coragem para afrontar o comum que nos rodeia. A diversidade é natural, mas não é tratada assim. Ela é por vezes obliterada, rechaçada e tratada como anormal.




Mas anormal mesmo é ser igual a todo mundo!




É claro, resistir a isso requer uma boa dose de coragem e ousadia.

Imagina: pessoas vivendo da mesma forma, pensando as mesmas coisas, agindo da mesma forma, em uma caixa, tendo todo o seu modo de vida encaixotado, padronizado, homogêneo, pronto-pra-consumo. Assustador!





No mundo ideal *aquele dos comerciais institucionais das grandes corporações* a ideia seria respeitar a essa diversidade, mas o mundo não é perfeito e a vida não é cor de rosa.




Então o exercício de se posicionar dentro da sua peculiaridade e de respeitar os outros é diário. E aos pouquinhos, um tijolo por vez, a gente vai tentando mudar o mundo trazendo uma nova realidade.




Essas resistências diárias são revolucionárias em um microcosmos. Elas também podem se expandir, como uma corrente do bem *lembram desse filme??* e aos poucos modificar tudo e algum dia, a gente não vai precisar mais ficar esbarrando em atitudes maldosas por sermos apenas diferentes.




#Resista. 

Tenha coragem! E nunca desista de qualquer sonho só porque ele é pouco usual ou porque ele destoa de todo mundo.

Sonhos são as coisas mais pessoais que existem e eles nos fazem sermos maravilhosos e inspirarem a gente para conquistar a nossa realidade e modificá-la!




Partiu mudar o mundo? 

Cya!

Thaís Parméra - Futura Imperatriz de TODO Universo Conhecido - @ciberstar



sábado, 2 de março de 2019

Retrospectiva de Séries: Dance Academy!

Olá pessoas e seus amigos imaginários!

Tudo bem com vocês?

Depois da minha ausência, justificada como sempre por um intenso episódio de  deadline acadêmica,cá estou. 

Contra todas as possibilidades, eu sobrevivi, bitches!



Ainda na vibe das séries favoritas da Thaís, falarei de uma série de arte *São tão escassas, meu Deus!*. Era para ser uma série B que foi excelente em seu propósito.

Então, vocês já sabem, meus queridos... SPOILER em 3, 2, 1 ...



A série de hoje é "Dance Academy".




A maior parte de vocês deve soltar um ... WHAT?? 



Eu sei, uma parcela muito pequena de pessoas assistiu Dance Academy. Ela já terminou há algum tempo, não foi super aclamada, mas é uma série que realmente vale a pena de assistir!

Let´s go!

DANCE ACADEMY

Ballet, Austrália, 3 temporadas + 1 filme!

Sim! Pessoas que amam Ballet normalmente devoram todos os conteúdos sobre o assunto.

No caso das séries não é diferente. Só existem 3 séries atuais (ou quase) que abordam o assunto: Bunheads (cancelada na S01); Flesh  and Bone (minisérie) e Dance Academy.





Dance Academy foi uma série australiana que conta o cotidiano de estudantes de ballet da escola nacional de Ballet que pertence a Cia The Australian Ballet que fica em Sidney e que formalmente se apresenta no Sydney Opera House.




A série acompanha a história de estudantes do ensino médio que passam para essa escola super concorrida e mostra os seus dilemas, sacrifícios e conquistas que todo bailarino tem de passar para conquistar o seu sonho. 




Isso inclui lesões, alegrias, tristezas, angústias, injustiças, brigas, decepções *isso a gente multiplica por 1.000* e sonhos. Muita gente não sabe, mas o treinamento de um bailarino profissional é algo muito difícil. Quem escolhe essa vida normalmente o faz muito jovem e precisa dar tudo de si. Não só porque é difícil mesmo (pela rotina e pela dedicação), mas pela competição.




Existe muita gente boa tecnicamente nesse mundo, muita gente que se dedica tanto ou até mais do que você, e as vagas para uma vida profissional, um contrato, um lugar ao sol são muito escassas. Então você tem de estar preparado fisicamente e emocionalmente para essa vida cheia de desafios.



A princípio a série parece meio boba... Adolescentes em uma escola de artes lutando por um sonho e se envolvendo emocionalmente, se descobrindo como indivíduos e começando a se relacionar.




Mas logo a seguir você vê coisas muito legais que foram inseridas no roteiro e que são verdadeiras na vida de um bailarino e que dessa forma, numa série jovem, podem realmente ajudar adolescentes que estão passando pelas mesmas coisas.




Quanto ao casting ... Em um primeiro momento a gente não vê bailarinos absurdamente excelentes, mas isso faz sentido. Eles estão em uma escola, então eles não podem ser absolutamente perfeitos ... pq senão... PRA QUÊ A ESCOLA?? Rigth???



O enredo leva em consideração quase todo o tipo de aluno de ballet: 

O super dedicado e focado; o "natural", que tem o físico naturalmente perfeito e que não precisa fazer esforço pra ter uma abertura perfeita, en dehors etc; o revoltado que não tem paciência para desenvolver diariamente o seu talento; a pessoa que tem todos os incentivos da face da terra e caga pras oportunidades; a pessoa talentosa que se esforça todos os dias para conseguir ter avanços na sua empreitada; o que vai contra tudo e todos para conquistar os seus sonhos; a pessoa competitiva que só quer prejudicar todo mundo pra conseguir o seu lugar ao sol... 



É uma série muito completa em termos de personagens e situações!

Tem de tudo: audições; maldades; oportunidades; avaliações; puxadas de tapete e muito, muito, muito,muito, muito Ballet! *que é o que todos nós amamos de verdade*.





Acho que o mais legal são temas que a gente esbarra na vida da Dança mesmo...

Questões que foram abordadas na série e que são muito boas e sóbrias: 

- A questão do preconceito sofrido por  meninos que querem ser bailarinos:


Muitos meninos que sonham em ser bailarinos esbarram  em preconceitos muito sedimentados na nossa sociedade. 

Eles precisam tirar forças absurdas para ir contra suas famílias, contra a intolerância para tentar conquistar seus sonhos e simplesmente fazer Arte... 

O preconceito recai no fato de que dançar não é "coisa de menino" como se o ballet fosse algo taxativo sobre a sexualidade *a heteronormatividade é algo muito real, minha gente*. E apesar dessa realidade ser muito triste e injusta, ela é muito avassaladora e acaba por soterrar muitos sonhos de jovens que só querem ser livres para dançar.

- Ter maturidade profissional mesmo sendo muito jovem:



A dificuldade da dualidade de ser um jovem e naturalmente querer ter uma vida normal com relacionamentos, festas, diversão e outras coisas, mas também ter de batalhar diariamente para ter um futuro profissional que exige dedicação, compromisso, responsabilidade, regras e uma disciplina quase militar ...

- Life is a Bitch! 



O fato de que o mundo não é cor de rosa e que a gente pode esbarrar com gente muito má e que pode fazer coisas sérias para nos prejudicar *estamos falando de alunos, colegas, professores, coreógrafos, diretores*

- A Busca pela perfeição x frustração




É importante saber lidar com as limitações do seu próprio corpo. 

Nem todo mundo tem o físico perfeito para se enquadrar no perfil de um bailarino clássico. Nem todo mundo consegue fazer as mesmas coisas. 

A gente trabalha para tentar ser o mais tecnicamente correto, mas nem sempre o nosso corpo vai atender a essas expectativas. Isso pode frustar muito os artistas. Saber lidar com isso da melhor forma possível, estar consciente das suas limitações é algo essencial.

- Tudo é passageiro



Um bailarino deve saber que no Ballet as coisas são muito breves. Você pode ser o primeiro bailarino hoje e estar com tudo em cima. Mas ninguém está livre de lesões. Como a gente trabalha com o corpo, a gente aprende a lidar com elas, mas a gente também tem de estar ciente que lesões também podem encerrar uma carreira de uma pessoa extremamente jovem.

- Ninguém é insubstituível:



Sempre existe uma pessoa melhor do que você. Saber disso doma a nossa arrogância e nos prepara para o fato de que ninguém é insubstituível. Então você nunca pode parar de trabalhar só pq conseguiu um papel principal ou conseguiu um super status.

- Nada é garantido nessa vida



A questão de que as vezes por mais que a gente faça aulas todos os dias, nunca falte nenhum ensaio, se dedique, faça tudo certo isso não quer dizer necessariamente que os nossos os nossos sonhos vão se realizar e que iremos conseguir passar em uma audição, entrarmos em uma cia ou conseguirmos um papel. 

Na verdade, o número de pessoas que não consegue é *exaustivamente* muito maior do que as pessoas que conseguem chegar ao topo. E isso não quer dizer que você seja incompetente. Só quer dizer que as vagas são poucas mesmo e que a vida nem sempre é justa.

- A vida é dura, mas a gente vive pelo amor a Arte!



A vida de um artista pode ser sublime, mas é muito cruel e a gente tem de aprender a lidar com isso desde muito jovem e saber o que quer. A maturidade é essencial na Arte. Lidar com frustrações, rejeições e decepções é algo rotineiro. Life is a bitch [2].




O amor que se tem pela arte tem de ser o suficiente para suplantar todas as dificuldades. 



Pq no final das contas, o que importa mesmo é dançar. É subir em um palco e alimentar a nossa alma.



E é isso que eu gosto da série!

Apesar de ser uma série jovem, ela aborda ao longo das 3 temporadas todas essas questões a partir de seus personagens. 



Eu me senti super representada na minha vida de estudante de Ballet. De certa forma, eu passei por muitas daquelas situações.






Quanto ao casting principal temos:

- Xenia Goodwin como Tara Webster: Personagem principal que é aquela bailarina talentosa, mas que tem MUITO trabalho pela frente apesar de ser uma verdadeira artista (no sentido de dedicar todo o seu coração e alma para dançar).



- Alicia Banit como Katrina Karamakov (Kat), bailarina que tem o apoio de todo mundo, mas que não dá valor e joga todas as oportunidades pelo ralo.




- Dena Kaplan como Abigail Armstrong, bailarina workaholic, super focada, super dedicada e que não foi para escola para fazer amigos e sim ser bailarina profissional e conquistar o seu lugar.



- Jordan Rodrigues como Christian Reed, bailarino que passa por muitas dificuldades na vida  para conseguir dançar (falta de apoio familiar, morte da mãe, pobreza etc), que trabalha bem, mas muitas vezes se revolta e não necessariamente aproveita as oportunidades.




- Thom Green como Sammy Lieberman, bailarino que luta contra o preconceito, contra a intolerância e a falta de apoio familiar para conquistar seus sonhos e dançar.





- Tim Pocock como Ethan Karamakov que é muito bom tecnicamente, mas um pouco rebelde porque ele quer na verdade ser um grande coreógrafo.



- Isabel Durant como Grace Whitney, a típica bailarina evil bitch. 




- Thomas Lacey como Ben Tickle que é o bailarino bom, alegre e contente por estar dançando e grato pela oportunidade que recebeu de se profissionalizar.






Dance Academy terminou de uma forma bem sóbria também. Nem todo mundo vai conseguir uma vaga em uma Cia de Ballet, muitas pessoas vão trocar de sonhos, vão vislumbrar outros objetivos enquanto outros realmente vão viver de Ballet. E tá tudo bem. Faz parte, é a vida!



E é por ser uma série aparentemente boba, mas cheia de verdades e situações bem factíveis que essa série é boa. 

Além de mostrar o cotidiano da Arte, de fazer mil plies, de fazer aula todo dia, de ensaiar até a exaustão, de buscar a perfeição constantemente ... Tudo pelo amor ao Ballet, pela verdadeira vocação de ser um artista e de se entregar de corpo e alma ao que mais se ama! 



A S01 é a mais bobinha, a S02 é  a minha favorita e a S03 fecha muito bem o enredo! 



Depois do final da série fizeram um filme sobre a realidade desses personagens alguns anos  depois. Eu ainda não assisti, mas tá na lista! ^^ 

Então galera, essa foi a minha dica dessa vez! Assistam Dance Academy! Vale muito a pena! =]



Tem alguma outra série legal  que gostaria que eu comentasse? Deixa aqui nos comentários!

Cya!

Thaís Parméra - A Futura Imperatriz de TODO Universo Conhecido - @ciberstar


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